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Apesar da baixa incidência, a raiva animal é uma doença que mata. Veja como prevenir

Fotos: Gabriel Haesbaert (Diário/Arquivo)
Em 2017, a Praça dos Bombeiros foi um dos principais pontos do mutirão de vacinação contra a doença. Local ficou movimentado

Entre as patologias que ameaçam pets, a raiva é uma das mais assustadoras. Isso porque a doença infecciosa e contagiosa, que é causada por um vírus do gênero lyssavirus, é responsável pelas mortes de pets em quase 100% dos casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, foram registrados 14 casos de raiva em cães e quatro em gatos em 2017.

A prefeitura de Santa Maria não tem registros de casos da doença em felinos e caninos nos últimos 35 anos. De modo geral, a última ocorrência de raiva no Coração do Rio Grande foi registrada em 2001, quando um morcego insetívoro contaminado foi apreendido, em baixo de uma mesa em uma escola da cidade.

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Mesmo assim, o veterinário Carlos Flávio Barbosa da Silva, responsável pela Vigilância Ambiental em Saúde e pelo Setor de Zoonoses, Vigilância do Ar e Solo, da prefeitura de Santa Maria, reforça que as pessoas devem vacinar os bichinhos sempre, além de evitar que eles passem o dia todo na rua e garantir que fiquem em pátios fechados para que haja uma um risco menor de incidência da doença. Também de acordo com o médico veterinário Gustavo Peters, a vacinação não pode ser dispensada, e a administração do medicamento é a única forma de salvar os mascotes de uma morte quase certa.

A veterinária Letícia Adamy, da Don Canino Pet Shop, diz que, historicamente, os registros da doença no Brasil diminuíram de forma maciça durante a década de 1970, após uma mobilização nacional contra a doença. Na época, foram realizados mutirões em todo o país.

Foto: UFSM, divulgação
Em 1962, Santa Maria contou com o primeiro mutirão de vacinação contra a raiva. 925 cachorros foram vacinados

Uma das campanhas que contribuíram para a erradicação parcial da doença foi a do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). De acordo com o coordenador do curso, João César Dias Oliveira, a primeira edição do tradicional mutirão foi realizada em 1962, em virtude da taxa de casos apresentados na cidade. Não existem registros do número exato de animais infectados na época.

O QUE É

  • A raiva é uma doença infecciosa e também contagiosa causada por um vírus que se manifesta através de sinais nervosos no hospedeiro
    Por se tratar de uma zoonose, pode ser transmitida ao homem, por animais, mediante contato. Nos humanos, a doença também apresenta taxa de mortalidade próxima a 100%

COMO PREVENIR

  • A prevenção da doença da raiva é feita por meio da vacinação. O tutor precisa se atentar e vacinar o pet anualmente. Não existe cura

SINAIS CLÍNICOS

  • Existem dois tipos de raiva: a raiva muda e a raiva furiosa. Na primeira, o animal fica intimidado e amedrontado. Na segunda, a irritação é maior, e ele se torna exageradamente agressivo. Ele pode transmitir a doença a humanos, a partir da saliva
  • Ao contrair a doença, o pet fica com as amígdalas inchadas e apresenta dificuldades para engolir, salivando excessivamente
  • Paralisia de membros posteriores, como patas e mandíbula, também aparecem
  • Há mais agressividade
  • Há salivação excessiva com eliminação do vírus
  • O animal apresenta desnorteamento
  • Há fotofobia (sensibilidade a luz)
  • Podem ocorrer convulsões
  • Antes de 10 dias, o animal, geralmente, morre

Fontes: Letícia Adamy, médica veterinária, Gustavo Peter, médico veterinário, Carlos Flávio Barbosa da Silva, médico veterinário e responsável pela Vigilância Ambiental em Saúde e pelo Setor de Zoonoses, Vigilância do Ar e Solo de Santa Maria e João César Dias Oliveira, médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da UFSM

ONDE VACINAR
Protagonizada pela UFSM, a 56ª Campanha de Vacinação Contra a Raiva será realizada nos dias 1 e 2 de setembro, em Santa Maria. Na cidade, 34 locais ofertarão a dose única da vacina, das 8h às 17h, em ambos os dias. O custo é de R$ 10.

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A vacina deve ser aplicada em cães e gatos saudáveis, a partir de 4 meses de idade. Cadelas e gatas que estiverem prenhas não podem receber a dose. As clínicas particulares da cidade também ofertam a vacina em todas as épocas do ano - as clínicas Peters Vet e Don Canino Pet Shop cobram R$ 55 e R$ 35, respectivamente, por exemplo.

Confira os pontos de vacinação na cidade:

  • Agropecuária Bastistella (Avenida Prefeito Evandro Behr, 31)
  • Agropecuária Campo e Lavoura (Bairro Caturrita)
  • Autoposto Medianeira (Avenida Medianeira, 648)
  • Casa da Dona Odete (Vila Cerro Azul, no Bairro Chácara das Flores)
  • Centro Comercial da Tancredo Neves
  • Centro Comunitário do Bairro Campestre
  • Clube Esportivo (Rua 7)
  • Complexo Esportivo Guarani Atlântico (Avenida Oliveira Mesquita)
  • Condomínio Moradas (Faixa Nova) *
  • Corpo de Bombeiros Camobi (Rótula da UFSM)
  • Corpo de Bombeiros do Parque Pinheiro Machado
  • Escola Ione Parcianello (Rua Catarina Zanini Parcianelo, 26)
  • Escola Irmão Quintino (Rua Raineri Danesi, 140)
  • Escola Leduvina da Rosa Rossi (Rua Teresina, 804)
  • Escola Marista Santa Marta (Rua Irmão Cláudio Rohr, 150)
  • Escola Rômulo Zanchi (Rua Fontoura Ilha, 240)
  • Escola São Carlos (Rua Agostinho Scolari, 100)
  • Estratégia Saúde da Família (ESF) da Vila Maringá **
  • Igreja do Amaral (Faixa Velha)
  • Igreja Santa Catarina (Bairro Itararé)
  • Posto Bambino (Avenida Dores, 187)
  • Posto do Bairro São José *
  • Posto Padoin (Avenida Walter Jobim, 353)
  • Praça da Locomotiva
  • Praça da Nonoai
  • Praça do Big
  • Praça do Colégio Manoel Ribas
  • Praça do Mallet
  • Praça dos Bombeiros
  • Praça Saldanha Marinho
  • Supermercado Beltrame (Rua Euclides da Cunha, 1.579)
  • Supermercado Nacional (Avenida Medianeira, 1.321)
  • Tchê Farmácias (Residencial Lopes)
  • Trevo da Uglione **

* Vacinação apenas no domingo
** Vacinação apenas no sábado

*Colaborou Lorenzo Seixas

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